* Por Márcio Markman
Pense num sujeito que adora uma lista. E, não sem bem o porquê, mas acho que lista tem tudo a ver com esse universo de internet, blog. Então, para o amigo Marcelinho, segue a lista dos destaques da etapa brasileira do WT, encerrada nesta quinta, em Imbituba:
Melhor bateria: Semifinal – Jadson André 17,70 x 16,67 Dane Reynolds (Foto acima: Divulgação/ASP)
Mesmo que, para a história, o que fica de mais importante é a bateria final, contra o Pelé do Surfe, Kelly Slater, foi contra o novo queridinho do circuito, Dane Reynolds, que Jadson elevou seu nível a patamares estratosféricos. O 9,0 arrancado a segundos do fim, com dois aéreos reverse animais foi o ponto alto do brasileiro no que diz respeito a performance. E o californiano também surfou muito nas duas ondas do somatório.
Melhor manobra: Aéreos de Parko e Reynolds
Essa deu empate entre o aéreo de frontside, no hands, de Joel Parkinson, no round 2, e o aéreo de backside, no hands, de Dane Reynolds, nas quartas-de-final. Duas manobras assombrosas, duas notas acima de 9.
Melhor surfista: Jadson André
Óbvio? Não. Às vezes, um surfista vem dominando o campeonato e quando chega à final não encontra as melhores ondas, cai de rendimento ou algo assim. No caso de Jadson, a seqüência final de vitórias mostra que o título não poderia estar em melhores mãos (ou pés). Michel Bourez, nas quartas-de-final, e Dane Reynolds, na semifinal, surfaram muito, bem mais que o que foi apresentado por Slater na final. Com um surfe no pé e um sangue frio incrível nas baterias, o potiguar mostrou que não deixaria a taça ir para outro que não fosse ele próprio.
Momento decisivo: Marcação sobre Slater, na final
Pode ter passado despercebido para muita gente. Mas, faltando minutos para o fim, Jadson André, com a prioridade, se colocou mais para o inside, a fim de marcar Kelly Slater. Na última série que entrou na bateria, o potiguar chegou a virar o bico da prancha em direção à praia e remar lado a lado ao careca em uma onda, no entanto, sem a força suficiente para decretar intenção de pegá-la. Com isso, evitou que o norte-americano pegasse a onda para tentar a virada e ainda permaneceu com a prioridade. Show de estratégia.
Maior decepção: Andy Irons (Foto no topo/ASP Divulgação)
Tudo bem que o havaiano ficou afastado do circuito durante um tempo, mas não há como esperar algo melhor que um 33º lugar e ainda derrotado pelo inconstante Ben Dunn. O Andy Irons que esteve em Imbituba não passou de uma constrangedora lembrança do que foi o surfista que botou Slater no bolso para faturar três títulos mundiais. Há de se registrar as performances de Taj Burrow, Bobby Martinez e Bede Durbidge, eliminados no round 3.
Márcio Markman é jornalista
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