Um novo Jihad


Na coluna Surf Is In The Air, no portal JC Online (www.jc.com.br), exaltei, certa vez, a façanha de Jihad Khord, então recém-egresso na elite mundial, em 2007. E, naquelas velhas previsões de início de ano, apostei minhas fichas que ele seria o melhor brasuca daquele ano. E me dei mal. Aliás, só pela metade. Jihad tinha ido bem no antigo WQS e garantiu, à época, sua permanência no Dream Tour da ASP, em 2008. Pelo menos isso.

Apostar em Jihad era a minha bola de segurança. Uma previsão mais fácil. Aquela que coluista faz para não errar. Ele vinha com sangue no olho disputar o WCT e, simplesmente, não encontrava adversários, fosse no Brasil, fosse na divisão de acesso do mundial. Era o mestre dos beach breaks e exibia um leque de manobras no seu jogo que, sinceramente, o colocava num patamar à frente.

Tanto que foi campeão brasileiro, pouco antes de seguir o WCT. O título nacional ficou sub judice por ele ter caído num exame antidoping. O paranaense demorou na sua defesa - as substâncias encontradas derivavam de um remédio que tomava para se tratar de um distúrbio psíquico - e a taça ficou com Renato Galvão.

Falo de Jihad porque acabo de ler uma entrevista esclarecedora com o cara, feita pelo jornalista Ader Oliveira, do Portal Waves, que entende muito de surfe e fez as perguntas que tinham de ser feitas. Nela, dá claramente para observar um novo Jihad. Mais concentrado e preparado para os desafios que terá pela frente (link: http://waves.terra.com.br/surf/noticia/jihad-vira-pagina/41132).

Como entendo que o encontro entre jornalista e surfista foi pautado de muita sinceridade - ele fala, inclusive, da questão do título nacional com muita franqueza -, pode esperar que o paranaense vem com tudo nesta temporada.

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