Maio triplicado

Em maio comemoram-se o mês das noivas, a abolição da escravatura, o meu aniversário e também os 30 dias mais adubados do surfe, em termos de ASP One Ranking (trocando em miúdos, WQS) no Brasil.

Três são as provas que levam a chancela da classificação unificada da ASP. E uma delas, o Supersurf, começa nesta terça-feira. Itamambuca (Foto do surfista Nenê na celebrada onda/Wave Giant), em São Paulo, recebe a primeira das quatro etapas da marca, que anteriormente respondia pelo Campeonato Brasileiro de Surfe - atual Brasil Surf Pro.

Com relação ao SuperSurf será criado um ranking paralelo - o do ASP One Ranking continua valendo -, que definirá o campeão geral somando o resultado dos quatro campeonatos. O melhor levará um carro Pegeout zerinho.

A etapa de Itamambuca tem aferição cinco estrelas e dá ao vencedor 2 mil pontos no ranking da divisão de acesso mundial.

Depois da prova paulista, os surfistas continuam sua peregrinação pelo Brasil. A segunda parada é no "Maracanã do Surf", como é chamada Saquarema, que recebe o Coca Cola Pro, entre os dias 11 e 16. O evento tem nível seis estrelas - distribui US$ 145mil e 3 mil pontos para o vencedor.

Para encerrar o frutífero mês de maio, será realizado o Maresia Surf International, outra competição seis estrelas, dessa vez na praia Mole, em Florianópolis, entre os dias 18 e 23.

Esta chuva de eventos de grande porte do WQS no Brasil num só mês facilita a participação dos surfistas brazucas com patrocínios médios. Aquelas marcas que seguram um pouco quando se tratam de etapas internacionais agora não têm desculpa.

A minitemporada tem de ser aproveitada pelos surfistas também, que competirão em casa, em beach breaks, onde a maioria absoluta está acostumada a surfar.

O cansaço vai pegar, principalmente para aqueles que não disputarão a etapa inicial do SuperSurf, por estar no Lowers Pro, na Califórnia - outro que começa nesta quarta, que tem "status prime". Mas é isso aí. Seguir circuito é coisa de guerreiro mesmo.

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