Pororoca Bacana

Quem disse que São Luís, no Maranhão, não tem campeão de surfe? Além de exímio freesurfer, tuberider reconhecido, Álvaro Bacana venceu, no último sábado, o Campeonato Brasileiro na Porococa, no Rio Mearim, em Arari-MA, expandindo suas especialidades no esporte. Ele desbancou na final o paraibano Saulo Carvalho, espécie de "Pelé" da modalidade.

Bacana, no seu discurso, lembrou o fato de o Estado do Maranhão investir muito pouco no surfe. Ele mesmo só pôde viver plenamente do esporte quando saiu de São Luís, sua cidade natal.

"Agora o meu Estado pode dizer que tem um surfista que é campeão brasileiro. Espero que os políticos se interessem no esporte e invista no surfe de maneira mais convincente", afirmou.

As fotos do campeonato podem ser conferidas no site (http://craud.net/gerencia/galeriaabraspo/exibir.php?id=37).

ASCENSÃO
Aos poucos, a prática na Pororoca vai deixando de ser apenas um lance curioso do surfe e vai sedimentando o seu caminho. O Brasileiro, por exemplo, já está na sua oitava edição.

Os surfistas Serginho Laus e Jorge Pacelli, recentemente, investiram numa viagem à China para conhecer a famosa "Black Dragon", as ondas do rio Quintang, na cidade de Hangzhou. Detalhe: nas margens, em posição segura, cerca de 500 mil pessoas assistiam atônitas a um bando de "nuts" brasileiros desafiando paredes de água doce que chegavam a dois metros.

Na França também chegam relatos de trips em rios onde o fenômeno se propaga. E os surfistas europeus fazem a festa.

Na realidade, a pororoca nada mais é que um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as oceânicas, formando ondas que adentram o rio, causando grandes estragos nas margens, tamanha a sua força. Além disso, causam um barulho ensurdecedor, ouvido a mais de cinco quilômetros daquele local.

Abaixo, dois vídeos. Um deles é da Trip do Tripa, feito por Guilherme Tripa, numa das vezes que ele se jogou no Campeonato Brasileiro, no Maranhão. Logo depois, o vídeo da aventura de Serginho Laus, na China.