Universitários: agora é só competir



Não é todo moleque iniciado no surfe que decide viver do esporte profissionalmente. O desagaste é grande. Seja pela concorrência por bons patrocínios, pelas grandes ausências de casa ou até pelo nível técnico do postulante a campeão, inferior àqueles que já estão na estrada, na luta pelo sonho de ser o melhor do mundo.

Para os que tomam o caminho dos cursos de terceiro grau, a boa notícia é que, ao passar dos anos, os circuitos universitários só fazem crescer.

Só neste mês, de cabeça, lembro do Campeonato Paulista, do Pernambucano e do Brasileiro, esse último realizado em Baía Formosa-RN, no último domingo. Ainda têm o Catarinense, o Nordestino...

Em Pernambuco, por exemplo, um grupo de estudantes resolveu dar um basta na inércia que tomava o surfe nas universidades. Coordenados por Bruno Monteiro, o Cepacol, presidente do USPE (Universitário de Surfe Pernambucano), várias ações saíram do papel.

Este ano, está sendo colocado em prática o segundo circuito estadual. "A cada ano que se passa, batemos recordes. No número de inscritos, em premiações... E o nível também está aumentando", afirmou Cepacol. "Este ano, a Sete Milhas, marca do ramo de esportes radicais, bancou as três etapas do Estadual. Isso só fortalece o circuito", diz.

Em São Paulo, no mesmo fim de semana que houve o Brasileiro, em BF, os univesitários paulistas se digladiavam pelos prêmios oferecidos na praia de Maresia, em São Sebastião. O Estadual teve o patrocínio da australiana Quiksilver, uma gigante do ramo de surfwear. O vencedor da categoria mais competitiva foi Rafael Spitalleti (Foto acima: Alexandre Akiwas).

"Esta foi a primeira vez que a Quiksilver patrocinou um evento universitário. E ficamos muito contentes com o resultado. O público lotou a praia e o surfe foi de alto nível", garante o gerente de marketing da empresa, Piu Pereira.

Assim como a Quiksilver, a marca Pena entrou pesado no segmento, sendo responsável, este ano, pelo patrocínio das três etapas do Campeonato Brasileiro, chamado de "Mundo Universitário". A primeira disputa, na praia do Pontal, em Baía Formosa, foi um sucesso.

"Para se ter uma ideia, o baiano Heloy Júnior, campeão da principal categoria, a open, era profissional, mas optou por correr o circuito universitário por achar que tem condições de ser campeão e ganhar o carro oferecido para o melhor ao fim do circuito", argumenta Cepacol.

A Abrasu (Assciação Brasileira de Surf Universitário) tem grande parcela de contribuição para o crescimento das competições universitárias. A cada ano, deixa seus circuitos mais consolidados, atraindo novos seguidores. "A Abrasu distribui passagens e bons prêmios. Isso está trazendo profissionais para se juntar ao grupo dos universitarios", afirma o pernambucano, que liderou os conterrâneos no evento em BF (Foto no topo/Arquivo Pessoal).

Comentários

  1. parabens pela matéria marcelinho,estamos todos juntos para evoluir e desenvolver esse esporte tão benéfico a nossas vidas! q deus abençoe todos!! good waves!!

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