"Diário Macedo": Pico novo e Punta de dar medo


Mais dois dias do diário de viagem do surfista Bruno Macedo, que viajou ao Peru em abril passado.

27/04
Após vários dias de ondas boas e fortes, retornamos a Punta Rocas. E, por mais que ninguém goste de ficar de fora do mar, revezamos as caídas para filmar um pouco. Nos dias menores não há problema em quarar na praia. Acontece que os dias menores do Peru são bons também. Então, ninguém perde uma session completamente tranquilo! É sofrimento :) Aproveitamos e, logo depois, fomos a uma surf shop e ficamos sabendo por meio do dono, um surfista peruano veterano, que viaja muito, de um pico alucinante (tubular e extenso), ao norte de Lima. Lá na loja, comprei um cordinha grossa para segurar o tranco e uma botinha para me proteger do frio. Pois San Gallan é extremamente frio (como o sul do Chile). Com educação e vontade de fazer amizades pode-se obter informações importantíssimas sobre picos novos e perfeitos.

28/04
Estávamos ansiosos pelo aumento do mar. Pela manhã, encontramos uma dupla de Natal, que estava a fim de dar uma volta com um carro alugado deles e nos convidaram. Demos uma olhada em Punta Rocas (maior e alinhado), depois nos dirigimos para San Bartolo (pequeno e irregular) e entramos em Chilca. Tentamos também achar UFO's point, mas não conseguimos. Só de caminhonete. Arrastamos para Puerto Viejo e estava impressionantemente bom, com umas séries que abriam até a beira. Uma onda linda. Só o que atrapalhou foi quando entrou o crowd. (Ruclécio Lucena, na foto acima). Voltamos, almoçamos rápido e seguimos para Punta Rocas. De fora dava pra ver que o mar estava bem pesado. E Punta é tensão desde a entrada no pico até a espera (pode aparecer, do nada, uma varredoura ou várias dessas aí). Entramos no final de tarde, drops radicais com a 6´6 e Ruclécio quebrando, querendo dar até aéreos de 6´6. A Transformer funciona muito bem. Na volta de Punta Rocas, sempre naquela tensão. Andar de ônibus ou carro é mais perigoso do que qualquer tamanho de ondas do mar peruano. O ônibus que a gente pegou fez uma ultrapassagem numa curva, numa estrada sem acostamento e o coração veio na boca. Para não dizer outra coisa!

Por Bruno Macedo, soul surfer e amante das ondas perfeitas do Peru.

Comentários

  1. imfelismente a filmagem só se realizou quando o mar caiu, perdemos alguns dias de altas ondas sem registralas, pois quem ia filmar,mas felismente estão registradas em nossas mentes.

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