Educação e respeito: as melhores atitudes


Sempre que viajamos o normal é gostarmos de ser bem tratados. Os turistas, em sua maioria, independentemente de serem favorecidos pela vida, trazem divisas, cultura, entre tantos outros benefícios. Nós brasileiros, ao contrário, quando viajamos para surfar em alguns lugares, sentimos discriminação e arrogância por parte dos locais. Às vezes, temos de nos desdobrar para não entrar em conflito, causando um certo desconforto, quando a intenção era só se divertir. Mas qual será tal motivo para essas cenas? Certamente, damos muitas razões para que haja essa antipatia. Vejo atos desagradáveis provocados por brasileiros, que muitas vezes estimulam a repulsa a “nosotros”. São gritos, pornofonias e desrespeito, que nos deixam com uma imagem triste perante eles. Conterrâneos nossos que certamente faltaram a aula fundamental para um bom convívio. Pensam que se impor é uma questão de ganhar seu espaço no grito. Na verdade, precisamos saber chegar e sair em qualquer lugar ou em qualquer situação, se queremos ser pessoas bem-vindas. Para que as portas se abram naturalmente. O que vamos ganhar mudando nossos hábitos muitas vezes grosseiros? Algo precioso para todo surfista, que está lá esperando por você, desde que as mereça: ondas perfeitas e paz dentro do mar. Precisamos pensar que o que queremos para nós é o que os outros também desejam. Com educação e respeito tive a sorte de conhecer pessoas dignas de confiança, que me abriram as portas do conhecimento e da satisfação. Provavelmente, porque vejo sempre o ser humano como a principal peça em uma relação de amizade ou profissional.

Por Ruclécio Lucena, dono da Trust Surfboads, surfista e pescador.

Nota da edição: Ruclécio é um desbravador dos mares do Peru. Na foto acima, clicada por Ito, ele surfa em paz em Punta Rocas. Isso é sim saber entrar e sair num pico internacional, sem que haja qualquer animosidade. Valeu por nos brindar com sua experiência, Ruclécio.

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