Um Sub-20 especial




O Oakley Pro Junior terminou em festa, neste domingo. O diretor de marketing da marca patrocinadora do evento, Pinga, acertou com a mudança do local de competição, que aportou no Campeche, no Riozinho. O mar quebrou de gala. Antes disso, teve de abrandar a ansiedade da garotada. Todo mundo queria, mesmo em condições ruins, encerrar a disputa no sábado, na Joaquina mesmo. Para fechar com chave de ouro, uma das apostas da Oakley para os próximos anos, Caio Ibelli (Foto no topo), fez a mala de quem vinha pela frente e foi campeão.

Um plus para uma competição legal de assistir. Parecia até etapa de WCT. Só para a garotada tomar pé da situação. Do que vai encontrar mais na frente.

Tinha jet-ski para levar os atletas para o outside, prazo de espera pelas melhores ondas, baterias homem a homem, pico internacional, mudança de praia para privilegiar o surfe e não a sorte.

O título ficou em boas mãos. Caio chegou a cair para a repescagem, mas voltou facinho, facinho. Depois do susto inicial, foi superando os adversários, um a um, de maneira incontestável. Estava à vontade na Joaquina e, depois, nas direitas do Campeche.

Na sexta-feira, mostrou que está em dia com a modernidade solta por aí. Aplicou um aéreo incrível. Muito alto. E aterrizou com suavidade na onda. Delírio na praia, delírio entre os juízes, que lhe deram 10. O único do evento.

Neste domingo, com cinco minutos de bateria, acabava com as esperanças dos seus adversários. Foi assim contra Ian Gouveia, nas semifinais, e com Marco Fernandez, na final. Não dava brecha para a reação. À medida que passava as baterias, ia se enchendo de segurança, mandando por espaço a esperança alheia. Está quase pronto para se juntar aos seus, da Oakley, no cenário internacional.

O melhor dos eventos sub-20 é assistir de perto um futuro tão cheio de graça do surfe nacional. A garotada é realmente boa. Um, em especial, também merece ser mencionado, embora outros com mais carisma e marca dominem o espaço publicitário: Krystian Kymerson. Foi competição amadora, ele está lá. Entre os melhores. Consistência é a sua marca. É competitivo e talentoso.

Marco Fernandez (Foto do meio) perdeu, mas é uma realidade. Surfe fluído, limpo. Enquanto Ian Gouveia, com um pouco mais de explosão, mostra que sua tática - ou será de seu pai, Fábio Gouveia? -, a de aparecer aos poucos, galgar sem pressão os obstáculos, está dando certo. Não surgiu como fenômeno e, por isso mesmo, teve tempo e traquilidade para lapidar seu surfe.

Foram só quatro os que subiram no pódio, mas outros também deram seu show - Jessé Mendes é um exemplo (Foto acima). Mais que isso, continuam dando esperança de que desta vez o tão sonhado campeão mundial tupiniquim vai dar o ar da graça. E dessa vez não é advinhação jogada fora. É só esperar um pouco mais.

Fotos: Basílio Ruy (Oakley)

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