Ídolo e arte e vice-versa

Foto: Rodrigo Lôbo

Arte é arte e ídolo é ídolo. Ou uma coisa pode se juntar à outra? O bicampeão mundial de surfe em ondas gigantes, o surfista Carlos Burle esteve no Recife, recentemente. Em pauta, palestrar para universitários na casa da Red Bull. Contar um pouco de sua vida e fazer dessa história uma maneira de inspirar outras pessoas é paixão do profissional. Seu desejo é iniciar uma reação em cadeia, na qual todos possam crescer como humano, como profissional - como aconteceu com ele próprio, nesses 20 e poucos anos de carreira. Estar cara a cara com uma referência mundial do esporte amado mexe, certamente, com qualquer um. O fotógrafo Rodrigo Lôbo, do Jornal do Commercio, do Recife, desde o início tinha uma ideia. A de registrar o rosto de Burle, enfatizando os seus olhos claros. Era uma maneira de retratar o mar num símbolo personificado do surfe. A ideia, trabalho feito, se transformou numa feliz ideia. O retrato é marcante, o olhar do surfista idem. A luz da capital pernambucana ajudou, na pose feita por Burle bem ali na Casa de Banho, no Porto do Recife. "Eu só tinha dois cliques para fazer, já que as fotos foram feitas em filme", contou Rodrigo, numa dessas noites regadas à cerveja. Para a inspiração, como se vê, não existem barreiras. Mesmo que se tenha duas tentativas, apenas. Como disse a Lobo, é foto de revista. Daquelas que tomam uma página inteira. Para Burle, afirmo, por meio do Surf Is In The Air, que se trata de um semblante que mais se assemelha à sua fase de vida. Tranquila, serena e sincera. Arte mais ídolo só podia dar nisso.

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