Ondas da Vida


Amante do Peru, o shaper pernambucano Ruclécio Lucena resolveu passar a limpo as ondas perfeitas do Litoral Norte do País sul-americano. Antes disso, encarou algumas bombas em Pico Alto. Quem conhece o homem sabe que ele precisa viajar, caçar as morras. Não se aguenta parado. E partiu para mais uma aventura, que conta abaixo. Vale a pena ler. As fotos são de Gisele.

28 de agosto
Nos preparamos para viajar 17 horas até a cidade de Talara. A mais perto de Lobitos (Foto no topo). Sabia muito sobre o local. E as ondas encontradas ali, apesar do swell mediano, são sem igual. Para variar perfeitas e longas, com tubos frequentes nos dias abençoados - diga-se, esses dias são bem frequentes aqui, segundo nossos amigos peruanos e brasileiros que já lhe desfrutaram.

29 de agosto

Já em Lobitos, achamos o surfcamp de Miguel Angel, conhecido de Fernando Callin, um dos nossos melhores amigos em Lima, que o indicou e articulou nossa estadia no lugar. Miguel é formado em direito e bem integrado aos projetos ecológicos. Foi um excelente anfitrião, tratou de nos levar para a tão falada esquerda de El Hueco (Foto acima). O primeiro impacto foi alucinante, a adaptação, difícil. Normal para quem viveu horas de desconforto no ônibus, devido a disponibilidade só de acentos normais. Na hora que caímos ninguém em El Hueco. E para se colocar no pico dependi do instinto. No entanto, surfamos as ondas mais alucinantes de nossas vidas ali, ainda que precavidos por ver muitas pedras no decorrer valas e, ainda, sendo esse o primeiro dia no local. Mais tarde caímos em Lobitos, que estava pequeno, mas perfeito e extenso, rodando tubos em determinado ponto, sendo desfrutados pelos mais experientes. É, sem dúvida, um point 5 estrelas.

30 de agosto


Acordamos muito cedo e esperava conhecer Baterias (Fotos acima) nesse dia. Ao passarmos por Lobitos, os gaúchos vibravam com as ondas. E eu insistia: "Calma, vamos ver Baterias!". Quando chegamos lá, parecíamos adolescentes. A onda é muito longa e perfeita. Fácil de manobrar e com 3 a 4 pés. Não tinha tubos, mas era uma das mais manobráveis que já testei. E sem ninguém no mar. Segundo Miguel, há dias com tubos largos.

31 de agosto


No dia seguinte voltamos a Baterias. E estava melhor, mais forte e em pé. Na saída, Miguel sugeriu uma caída em Piscinas (fotos acima). Trata-se de é uma onda fácil, forte e que permitia manobras bem desenhadas. A sua entrada era algo muito interessante. Uma onda explodia nas pedras, levantando a sua espuma a uma altura inimaginável, tornando este momento emocionante.

1º de Setembro

Penúltimo dia no Norte do Peru para nós. Miguel, também chefe de cozinha, nos alimentou com primor. E nos brindou com um jantar de nome "Sundado de Albacora", prato sofisticado de extremo bom gosto. Era como fechar com chave de ouro nossa temporada no Peru, me senti um felizardo em conhecer ele e sua família, que fizeram questão de mostrar satisfação em receber brasileiros em busca de ondas perfeitas. Tive mais uma vez a sensação de ter tirado sorte grande. Certamente voltaremos, por Miguel e pelas ondas que vimos e as que veremos no Norte do Peru.

Comentários

  1. irmao peru e msm o paraiso da galera do surf , e esse norte realmente e o ouro, baterias, lobitos e piscinas entao nem c fala, e bom d++++++++++++++++++++++++, parabens oraculo!!! alexandre calendula manda vibracoes positivas a vc e a gi fiquem com deus

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