Andy Irons eterno

ASP/Divulgação
FELICIDADE Em Teahupoo, a última vitória do único surfista que sabia domar Slater
Andy Irons, de 32 anos, se foi. Não sem deixar seu legado. Foi o havaiano, em 2002, 2003 e 2004, quando sagrou-se tricampeão mundial, que fez Kelly Slater deixar o seu exílio e voltar ao circuito. O norte-americano sabia que aquele garoto tinha talento de sobra para traspassar o seu então hexacampeonato. Irons transformou-se no maior pesadelo competitivo de Slater, que nada temia dentro da água, a não ser o lourinho regular, que vinha do arquipélago mais famoso do mundo, e que sabia fazer tudo e um pouco mais em cima da prancha. Magia pura.

Em duas oportindades épicas, Irons mostrou que disputar contra o dândi do surfe alimentava o seu instinto competitivo. E era possível, sim, vencê-lo. Em 2006, na final do Pipe Master, virou uma bateria "impossível" para cima de Slater, quando estava em combinação. Aquela entrou para história. Este ano, o maior clássico do surfe mundial voltou a acontecer, em Teahupoo. Andy nem de longe era aquele papa-títulos de outrora, mas ali era ele e o norte-americano. Novamente deu ele, nas semifinais. As ondas vieram para o havaiano. E ele soube como fazê-las. E como se animou. Parecia revigorado. Era a vitória que trazia à tona uma das maiores forças do surfe mundial.

Andy e Slater eram o antagonista e o protagonista no mundo paralelo dos amantes das ondas. Na vida real eram amigos. Slater o tinha como um dos seus surfistas preferidos - sem vice-versa, no entanto. Tenho certeza que o norte-americano perdeu um pouco dele mesmo com a morte de Irons, assim como o mundo que ama o surfe. As disputas marcantes dos dois estão logo abaixo, eternizadas. Emoção e show de surfe sempre à flor da pele, passional, como era de praxe e como só os dois sabiam colocar para fora.

Sem mais para falar a Irons...
 Vai lá, my brother. Valeu por tudo!

PIPELINE 2006


TEAHUPOO 2010

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