Fotos: Sidnei Machado/CearaSurf |
REI DO NORDESTE Bruno Galini tem um repertório variado de manobras |
PRESSÃO Bino Lopes teve um ano incrível em 2010 e foi vice do ANS Tour |
Foto: Arquivo Pessoal |
MESTRE Gabriel Macedo, técnico do Brasil no ISA, está por trás das feras baianas |
Da equipe sub-20 do Brasil que disputou o Mundial na Austrália, no início do ano, só a Bahia "teve direito" a colocar dois conterrâneos no grupo: Franklin e Marco Fernandez. Pode parecer pouco, mas é muito. Centros afamados e ricos do Brasil, como o Rio de Janeiro, não emplacaram nenhum.
O melhor de tudo parece mesmo ser faixa etária dos garotos. Todos da nova geração. Não tem mais que 23 anos. Na etapa do BSP, na Praia do Borete, em Pernambuco, o mais novo da turma, Marco Fernandez, definiu a fórmula do sucesso do Estado que, naquela ocasião, havia colocado seis dos sete baianos inscritos no evento na quarta fase. Pode parecer pouco, mas é muito. São Paulo, com a maior legião de surfistas do Brasil tinha colocado menos.
"Amizade é a chave do sucesso. Um torcendo pelo outro, um gravando a bateria do outro. Todo mundo junto. Isso realmente tem sido o diferencial. Antes, vivíamos da fama de um ou outro surfista da Bahia, que se destacava no cenário nacional. Hoje, podemos dizer que temos uma evolução consistente, com vários nomes que podem brigar por títulos", definiu com propriedade, à época, Fernandez. E assim vai... Rudá chama a atenção de Bino, que dá um toque interessante para o zen Bruno, que passa sua experiência competitiva para Fernandez, que inspira o guerreiro Franklin Serpa nos eventos.
Mas o sucesso não vem do nada. A Bahia tem no técnico de surfe Gabriel Macedo um dos seus pilares. Desde muito novos, essa garotada teve o apoio e a dedicação de um dos profissionais de base mais importantes do Brasil, quem sabe o maior deles. Macedo, com seu olho clínico, soube selecionar com critério único. E, a cada Nacional amador, estava ele lá, dedicado, ensinando o que fazer, visando um futuro que já está batendo na porta. O negócio foi ordenado e os baianos colhem os frutos.
O surfe é imprevisível como o futebol. Os talentos podem esmorecer e desaparecer pelo meio do caminho. Mas o grupo tem uma característica guerreira, embasada por Macedo e consciente de que sozinhos não chegam a lugar nenhum. Muita coisa boa pode estar no caminho desses garotos. E este sucesso devia servir de exemplo para outros Estados nordestinos. O trabalho feito com metas e organização certamente é a chave do sucesso.
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