"Circuito" destrata talentos

ELITE 2011 Mesmo no WT, Alejo tem poucas chances de levar o título sub-20

TALENTO Se o circuito tivesse 3 eventos, Jessé, 33º, poderia voltar para a briga
Ideia de a ASP realizar um circuito mundial com os melhores sub-20 do planeta, nos moldes do ASP World Title, foi colocada em prática apenas pela metade - para ser mais exato, 2/3.

O projeto era se chegar ao mais talentoso da maneira mais justa possível, entendo. Um circuito com três etapas, com os de maior qualidade se digladiando e somando pontos. Muito mais honesto, por exemplo, do que apontar o rei dos juniores em apenas um campeonato, como acontecia desde 1998, primeiro no Havaí depois em North Narrabeen, na Austrália.

Acontece que uma das três etapas propaladas ficou para trás, criando-se uma situação de antagonismo do projeto inicial. Tanto que, após evento realizado em Bali - o primeiro da lista -, o funil se estreitou muito. E dificilmente o título ficará de fora do grupo dos cinco primeiros colocados, alijando os que não foram bem nos tubos de Keramas.

Pior do que um só campeonato para apontar o campeão mundial - como  versão antiga do Mundial - é ter, agora, numa segunda etapa, que acontece a partir do dia 8, em North Narrabeen, só oito atletas na disputa do título. Dificilmente o título vai fugir desse grupo (ver ranking abaixo). Nomes como Alejo Muniz, atleta WT 2011, Peterson Crisanto e Jessé Mendes simplesmente veem a taça distante de suas possibilidades. É injusto.

A coisa melhora para Krystian Kymmerson, nono na etapa passada, mas o brasuca realmente com chances de brilhar no circuito é o paulista Caio Ibelli, terceiro do ranking. Se era para ter um circuito, então que sua formatação original fosse seguida à risca. Até porque circuito com dois eventos não existe em nenhum lugar do mundo. É, no mínimo, uma apelação.

Do jeito que ficou o Mundial Sub-20, mudou-se formato e as formas de disputa, mas aquele cheiro de "campeão por acidente", de etapas passadas - vide títulos de Kai Barger e Maxime Huscenot, vencedores na Austrália em cima de Jadson André -, continua forte. Só não vê quem não quer.

RANKING ASP PRO JUNIOR 2010 – 1 etapa:
1º) Jack Freestone (AUS) – 10.000 pontos
2º) Dale Staples (AFR) – 8.000
3º) Caio Ibelli (BRA) – 6.500
3º) Mitch Crews (AUS) – 6.500
5º) Nat Young (EUA) – 5.250
5º) Conner Coffin (EUA) – 5.250
5º) Kiron Jabour (HAV) – 5.250
5º) Evan Thompson (EUA) – 5.250
9º) Krystian Kymmerson (BRA) – 3.750
9º) Tyler Newton (EUA) – 3.750
9º) Kolohe Andino (EUA) – 3.750
9º) Shaun Joubert (AFR) – 3.750
9º) Charles Martin (GLP) – 3.750
9º) Alex Smith (HAV) – 3.750
9º) Granger Larsen (HAV) – 3.750
9º) Davey Cathels (AUS) – 3.750
17º) Alejo Muniz (BRA) – 1.750
17º)  Miguel Pupo (BRA) – 1.750
17º) Peterson Crisanto (BRA) – 1.750
33º) Jessé Mendes (BRA) – 500
33º) Guillermo Satt (CHL) – 500

RANKING ASP PRO JUNIOR FEMININO:
1º) Tyler Wright (AUS) – 10.000 pontos
2º) Alizee Arnaud (FRA) – 8.000
3º) Sage Erickson (EUA) – 6.500
3º) Airini Mason (NZL) – 6.500
5º) Diana Cristina (BRA) – 5.250
9º) Camila Cassia (BRA) – 3.750

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