O reizinho acordou

Foto: Kirstin/ASP
REI DA AUSTRÁLIA Peterson não deu moleza aos donos da casa e levou a taça
Não é de hoje que Peterson Crisanto é considerado um expoente do surfe nacional. O fato de não ser novidade na mídia especializada o faz parecer até mais velho do que realmente é. É um nome que ecoa do passado, embora seja um garoto de 18 anos, que por causa do talento acima da média, chegou com força desproporcional à idade e feitos nas magazines e sites.

Sua experiência é tamanha que surgiu, mesmo sendo de menor idade, antes que Alejo Muniz, hoje top mundial da ASP. Afilhado de Peterson Rosa, o paranaense viveu 8 ou 80. Surfe era para extrapolar. Não fosse assim, para quê competir? Por isso, conquistou poucos resultados. Um vice-campeonato mundial sub-16 certamente foi o maior deles, até que há um ano e meio resolveu mostrar que estava a fim de ser mais, que podia mais.

A vitória no Hurley Pro Júnior, levando o maior cheque já pago num evento amador (US$ 25 mil), é a prova de que Petersinho está pronto para usar seu surfe inovador em prol dos resultados, das taças, das boas colocações seja qual for o ranking. Antes da prova na Austrália venceu uma das competições da Seletiva Sul-Americana Sub-20 e foi um desfalque e tanto no Mundial da categoria disputado em North Narrabeen, este ano, também em terreno aussie. Ficou doente e perdeu o campeonato.

No site da ASP, Petersinho disse que aquele era o momento mais importante de sua vida. De alguma forma, uma vitória maiúscula, na Austrália, diante dos talentos australianos que vão tomar de assalto o circuito nos próximos anos - eles acham isso, sim! -, serve como motivação. Serve também como lição de que foco no surfe é um ingrediente essencial. Qualquer desconcentração, o bonde da história passa mesmo.

Essa é uma tecla importante, na qual tem de se bater sempre. Vencer no surfe é tão difícil como no futebol. E como no futebol, talentos surgem aos montes e ficam pelo meio do caminho.

A trilha de Peterson Crisanto voltou à sua constância. Reforço considerável para o cordão brasuca, que não está fraco, não. Se é para atacar o mundo do surfe, que seja com os melhores. E com o paranaense, que começou a surfar aos 4 anos, sem dúvida a fileira verde-amarela fica muito mais forte. Abaixo, o show de Peterson no Hurley Pro. Coitado dos aussies.

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