Tropa de choque brasuca

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EXPERIÊNCIA Com cinco temporadas, Mineirinho compete em busca do título
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DECOLAGEM Nos aéreos e consistência competitiva, Jadson vai dar trabalho
Foto: Daniel Smorigo/ASP South America
VERSATILIDADE Em qualquer condição, Heitor Alves pode surpreender
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PRESSÃO O novato Alejo está sendo preparado para o Tour desde criança
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REFORÇO Nos últimos anos, Raoni aprendeu a correr atrás dos seus objetivos
De quatro em 2010 para cinco em 2011. Esse foi o aumento de integrantes brasileiros no ASP World Title, a divisão de elite do surfe mundial, que inicia a temporada tradicionalmente na Austrália, com Quiksilver Pro, no próximo sábado, em Queensland, na Gold Coast. A expectativa é de que o time nacional seja um dos mais consistente dos últimos anos. Em suma, o paulista Adriano de Souza (Mineirinho), o potiguar Jadson André, o cearense Heitor Alves, o catarinense Alejo Muniz e o carioca Raoni Monteiro - dos citados, só Raoni não pisou na Praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, para participar do Hang Loose Pro Contest - podem ser protaginistas do malhor ano do Brasil no circuito mundial.

Um deles, em especial, não vê a hora de começar as disputas. Alejo Muniz, catarinense da Praia de Bombinhas, em Santa Catarina, conquistou a vaga no fim da temporada passada. Precavido, garante que se trata de um ano de aclimatação. Mas a verdade é que o Brasil nunca teve um calouro tão bem preparado no circuito. Assim como Mineirinho e Jadson, o catarinense, considerado um dos maiores talentos de sua geração, foi programado para estar na elite mundial. Desde criança, fez viagens para conhecer os diversos tipos de ondas do mundo e contou com acompanhamento multidisplinar.

"É verdade que nos locais onde ocorrem as etapas do circuito mundial eu só não conheço dois lugares, onde pretendo treinar, este ano. Sinto-me preparado, mas tenho muito o que aprender com os que estão na elite. Mineiro, Jadson, Raoni e Heitor têm muito a me ensinar, cada um no seu estilo", comentou Alejo, campeão do Hang Loose Pro Contest.

No time brasuca cada um tem uma característica marcante. Mineirinho foi o primeiro a chegar no Mundial com cara de campeão, há quatro anos, pela técnica apurada. Jadson é o representante da modernidade, com seus aéreos espetaculares. Heitor é o versátil, surfa em qualquer tipo de onda e, no ano passado, conquistou com sobras o seu retorno à nata. Já Raoni tem o estilo refinado, além de ser considerado o melhor de todos em condições críticas.

Um quesito subjetivo é exaltado pelos atletas, mesmo sendo o surfe um esporte individual: a união do grupo. "Apesar de o esporte ser o cara sozinho, no mar, é claro que cada um torce pelo outro. Representamos as marcas, mas somos o Brasil. Sei também que um vai ajudar o outro no que for preciso", contou Jadson André, o potiguar da turma. Jadson concorda, ainda, que o time nacional é forte porque está acompanhado a evolução do esporte como deve ser. "Reconheço esse grupo, espeficamente, como preparado. Mas não posso dizer que é o melhor. Na história, o Brasil teve surfistas do mais alto valor, como Fábio Gouveia", ponderou.

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