Brasucas chegam junto

Foto: Dan Warbrick/Rip Curl
ALTAS ONDAS Bells mostrou todo o seu potencial na segunda etapa do WT
A boa notícia: passadas as duas primeiras etapas do ASP World Title 2011, os brasileiros, aos poucos, vão se firmando no ranking mundial.

É bom lembrar que, assim como no ano passado, os dez últimos classificados da elite vão ser cortados, no meio do ano, precisamente após a etapa de Teahupoo, com início previsto para 20 de agosto. Até o momento, só Raoni Monteiro estaria fora da lista dos que vão permanecer em busca do título mundial - mas muita água vai correr até lá e qualquer exercício de adivinhação é perigoso.

Em geral, os brasileiros ostentam campanhas regulares, apresentando boas performances e chegando, pelo menos, na terceira fase, com poucos vacilos a serem computados. No Mundial, o negócio é ser equilibrado nos resultados. Não adianta nada ganhar uma etapa e cair na segunda fase nos três eventos posteriores.

Por isso, lá vai um pequeno raio-x do WT. Só para lembrar, a próxima parada do Tour é na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em maio.

Adriano de Souza, Mineirinho (4ª posição)
Foto: Dan Warbrick/Rip Curl
COM TUDO Mineirinho está de volta ao top cinco do Tour Mundial
De volta ao Top-5 do circuito mundial, Mineirinho demonstra estar muito preparado neste início de temporada. E não é só "surfe no pé". O paulista está bem fisicamente e com foco redobrado em 2011. Ficou em nono em Snapper Rocks, na Austrália, mas poderia ir além, não tivessem os árbitros segurado suas notas num confronto com Taj Burrow, nas quartas de final. Em Bells, descontou, terminando em terceiro.

Alejo Muniz (9ª posição)
Foto: Robertson/ASP
ESTREANTE INDESEJÁVEL Alejo começa bem sua primeira temporada no WT
Preparado desde muito novo para integrar a elite, Alejo Muniz chega forte para ser escolhido o melhor estreante do ano. Tem jogado com a cabeça e com um surfe eficiente, cheio de power, que não é segredo para ninguém. Contabiliza um quinto em Snapper - sua estreia na elite - e um 13º.  Só o fato de ter encarado as feras sem se desestabilizar - ele reconheceu estar ansioso neste início de temporada - pode colocá-lo num posto melhor mais adiante.

Jadson André (9ª posição)
Foto: Robertson/ASP
EXPERIÊNCIA Jadson a cada dia melhora seu surfe em todas as condições
Teve uma primeira prova claudicante, não se achando muito em Snnaper, mas mesmo assim encerrou em 13º. Em condições pesadas e surfando de backside, em Bells, voltou a impressionar. Mostrou que sabe jogar de costas para onda. E que não vai ficar esperando as esquerdas aparecerem no Tour para fazer o resultado.  Caiu diante Fanning, numa bateria disputada e julgada com olhos voltados apenas para o dono da casa.

Heitor Alves (19ª posição)
Foto: Leyshon/Rip Curl
CONCENTRAÇÃO Heitor faz campanha morna, mas tem tudo para melhorar
Está num meio termo em relação às suas disputas e, certamente, ao seu surfe. Ainda não fez tudo o que pode.  Mesmo assim, não tem ficado no pelotão de trás. Contabiliza dois 13º. Oscila boas e médias campanhas, o que tem dificultado a quebra da barreira da terceira fase. Em Bells, poderia até se beneficiar do seu backside poderoso, mas as ondas estavam deitadas. De qualquer forma, neste início, o importante é não desgarrar dos da frente. E isso ele está fazendo.

Raoni Monteiro (33ª posição)
Foto: ASP
BANHO-MARIA Raoni Monteiro ainda não se encontrou no Tour
É o que destoa, no momento, do time brasuca. Não se encontrou na primeira etapa, em Snapper, ficando na segunda rodada de disputas. Em Bells, numa condição que gosta de surfar, com potentes direitas de até 3 m de altura, machucou-se e novamente encerrou em 25º lugar. As três próximas etapas - a seguinte vai ser na sua casa, no Rio de Janeiro - vão ser para se recuperar no ranking. Surfe, já mostrou ter de sobra.

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