Conexão Peru: Meu nome é surfe

Fotos: Gizele Santos/Arquivo Pessoal
EXPERIÊNCIA Ruclécio faz o b-turn para seguir na onda em Chilca, no Peru
ACOSTUMADO Rato Fernandes vai pelo caminho que conhece bem
ESTILO Beto Chalaça manda a pancada do dia. Tem 100 dólares ai?
Mais uma aventura do shaper e big rider pernambucano Ruclécio Lucena e seus amigos em mares peruanos, mais precisamente em Chilca - pense numa pequena perfeição! Uma história melhor do que a outra. Vale muito ler.

Dia 12 de abril
Havia um flat que jamais havia presenciado no Peru. Algo que, se me contassem, não acreditaria. Apesar disso, Beto, Rato, Larinho e Bruno foram para Los Pepinos e voltaram bem aliviados com o surfe que fizeram.

O dia seguinte haveria uma "pequena" mudança de direção do swell de 207 graus para 228 graus e 1 segundo a mais no período, mantendo-se o restante das coordenadas (o mesmo flat). Não era o ideal, mas sabia que um dos três "secrets" estaria quebrando entre 1m e 1,5m, com formação idêntica a Noronha - tubular e forte.

Tentamos alugar um carro 4x4, sem sucesso. Teríamos de apelar para um táxi e uma longa caminhada sobre um areal desértico. Lembrei de Eduardo Fernandes (Rato) e Beto Chalaça, do Surfguru, que tinham locado um veículo. Os dois toparam conhecer o tal pico. Minha ressalva era o carro, pois não era 4x4 e, sim, um Uno. Mas Rato falou: "O quê? Boto esse carro na vala ou meu sobrenome não é surfe".

E vocês não acreditam o que ele fez.. Ao chegarmos, havia alguns carros 4x4. E todos olhavam com olhos arregalados. Tirei o chapéu, mais uma vez, para meu conterrâneo por quem tenho um grande respeito.

Confirmavam novamente as minhas previsões. Rato, como sempre, achava as "tocas" para ver de outro ângulo seu mundo. Beto, um pouco precavido no começo, mas à vontade mais tarde, nos propiciou uma cena, entre outras tantas, muito polida e harmônica. Soltou uma batida, que brinquei assim que o encontrei: "essa imagem vale 100 dolares".

Apesar de ter feito mais um bom dia de surfe, não tive o prazer de ter boas cenas registradas. Voltamos para o Luisfer Surfcamp satisfeitos. Era a hora de descansar até o dia seguinte, pois aqui, apesar das previsões negativas, basta dar uma garimpada e as ondas vão aparecer. É satisfação garantida.

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