Peru: Ruclécio ataca novamente

                       Foto: Arquivo Pessoal/Ruclécio Lucena
ABRINDO OS TRABALHOS Ruclécio em Punta Rocas, em mais um ano no Peru
Sempre que viaja para o Peru, o shaper e big rider pernambucano Ruclécio Lucena manda informações de lá. É uma maneira que tem de mostrar não só as suas façanhas e dos seus amigos, como também dar uma mostra do potencial das ondas peruanas. Desde o início deste mês, ele encara sua quinta temporada no País das Ondas Perfeitas. E tenho certeza que essa contagem não para por aí. Apaixonado é apaixonado.

Dia 3
Embarcamos para mais uma surftrip no Peru, dessa vez com previsões não muito agradáveis devido à grande freqüência de swells nas três semanas anteriores à nossa viagem. O Peru, porém, sempre nos presenteia com boas ondas, mesmo nos dias flats. No dia 5, pegamos boas em Punta Rocas, com séries de 4 pés bem aproveitadas por nosso amigo Janderson, do Rio Grande do Sul.

PERFECT Janderson aproveita a perfeição pra botar pra baixo

Dia 4
No dia seguinte havia uma previsão para 10 a 12 pés, das 4h às 20h. Caímos pela manhã, com ondas que acredito terem de 8 a 9 pés, nas quais Larinho sobressaiu em sua primeira temporada. Tudo registrado pelo big rider local Pepe Romo, que também é fotografo. Ele emendou: "Su ola es la mejor del verano que He registrado"
CARVING Larinho se prepara para domar a onda do verão, no Peru

Dia 5
Havia indicado para alguns amigos que as ondas passariam dos 10 pés no fim de tarde em Punta Rocas, mas uma neblina inconveniente deixou o surfe impraticável. Havia reais riscos para as pessoas de "bom senso", mas o que ocorreu é que Shannon, surfista de Nova Iorque e sua amiga Jéssica, californiana residente no Peru, caíram no mar mesmo assim. Entre séries que não se viam devido a neblina, tomaram na cabeça e surfaram algumas dessas, com coragem e atitude. Mais tarde parabenizei a jovem guerreira e comentei: "insano!". Ela, como sempre sorridente, falou pouco e confirmou o risco.

NEBLINA Norte-americano Shannon dribla as nuvens para pegar a boa

Dia 6
Na manhã seguinte, pegamos Punta Rocas novamente com ondas de até 6 pés. À tarde, fomos conferir uma ondulação em Pico Alto, que demorava tornando-a arriscada e sem definição, visto que lá a referência do pico é vital. Preferi treinar com minha 9 pés em Kontiki, pensando num dia melhor em Pico Alto. Caí sozinho nessa onda, que fica, aproximadamente, a 1 km da beira. Meus amigos não tinham pranchas adequadas. Eram necessárias tablas acima de 7'8'' devido à sua força.

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