Foto: ASP |
EMPERRADO Slater vence em Snapper e disputa etapa do Drug Ware em ano que não quer começar |
Acontece que 2011 simplesmente não começou, por conta dos buracos de calendário e das férias para os profissionais após o Pipeline Masters, encerrado no meio de dezembro do ano passado. Está solto. Insosso. E o pior é que a atual temporada tinha tudo para esquentar no início, com o Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, vencido pelo brasileiro Alejo Muniz. Em seguida veio do Billabong Pro em Snapper Rocks, na Austrália, com o triunfo do extraterrestre Kelly Slater para, logo depois, o tour novamente esfriar - afinal lá se vão um mês e dez dias até a prova de Bells, com início previsto para o dia 19. Anticlimax total. As competições são esperadas com ardor pelos fãs do esporte e essa espera causa ansiedade realmente desnecessária.
Coisa pior do que as eternas janelas de espera dos eventos do Dream Tour - embora sejam necessárias - é uma "janela gigantesca" de espera para os eventos em 2011. Some-se aí o fato de aqui no Brasil os campeoantos regionais e nacionais estarem apenas engatinhando. Tem, sim, um aqui e ali - o Catarinense está na agulha. Mas aqueles que seriam importantes para atenuar a espera pelas competições maiores, simplesmente também estão naquele começa e acaba, sem um prosseguimento lógico. O Nordestino, por exemplo... Iniciou com tudo com duas etapas em Paracuru (CE) e Noronha (PE), esta última, em meados de fevereiro, mas agora só volta em junho, em Aracaju. O Brasil Surf Pro também só aporta em 2011 daqui a dois meses, no Cupe. O Brasil Tour só dar o ar da graça no fim de abril, enfim...
O turbilhão está por vir a partir de maio. Aí sim vai ser aquela loucura. Uma etapa atrás da outra. Todos os profissionais envolvidos - e falo também dos não surfistas - sem tempo para nada. A partir do próximo mês, quem cair nesta roda viva vai ficar quase três meses viajando atrás das competições. O mais sensato seria fazer um calendário bem distribuído, durante todos os meses do ano, a partir das etapas internacionais, que não tivessem tantos buracos, com épocas específicas para que os caras tocassem projetos paralelos e caíssem nas surftrips. Sem ser ranzinza e sempre pensando no melhor para o esporte, o equilíbrio tende a imperar nos próximos anos. É isso que se espera em uma modalidade em franca ascensão.
Snapper Rocks, último dia
Cacimba do Padre, último dia
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