Mineiro comanda as ações

Fotos: ASP/Divulgação
RELAX Mineirinho passou com sobras para a terceira fase do Billabong Rio
UM PÁSSARO? Heitor em mais uma decolagem na carreira. E haja horas de voo
RABISCO Raoni fez o básico para passar por Saka. O melhor está por vir
Algumas exibições, performances, parecem algo viceral.

A participação de Adriano de Souza (Mineirinho), nesta quarta-feira (18/5), na repescagem do Billabong Pro Rio, etapa da elite mundial disputada na Praia do Arpoador, teve um pouco disso. Mineirinho entrou tão concentrado e tão determinado a passar de fase - junte aí a chateação de ter caído na estreia, mesmo surfando bem -, que só sobrou os cacos do talento nacional Ricardo dos Santos, convidado para estar no evento por ser patrocinado pela Billa.

O surfista de São Paulo fez 16.43 - segunda maior pontuação do dia - e mostrou uma interação total com as ondas do Arpex. Ele marcou um 8.5 e um 7.9 nas melhores, mas distribuiu outras notas acima de 7 para quem estivesse passando por perto. Assustou Ricardinho, que saiu até meio frustrado da água.

"Estou muito feliz por ter encontrado boas ondas e conseguir colocar um ritmo forte na bateria", disse Mineirinho. "Eu queria muito passar, porque para mim é muito importante competir aqui no Brasil, junto da nossa torcida. Espero conseguir mais um ótimo resultado aqui e também torcer para que os outros brasileiros se dêem bem".

Heitor Alves passou de maneira segura para a terceira fase. Já Raoni Monteiro protagonizou uma disputa equilibrada com o português Tiago Pires. Saca, como é chamado o coirmão, criticou duramente as condições do Arpoador. Na sua opinião, a Barra da Tijuca oferecia melhores ondas do que o local escolhido para os embates de hoje.

Como o número de high scores foi dentro do normal para uma repescagem e as ondas proporcionaram, em vários momentos, boas performances, as reclamações de Saca devem ter sido mesmo motivadas pela sua desclassificação para Raoni, que ainda não se achou nesta temporada.

A grande baixa foi a derrota de Alejo Muniz. O catarinense até abriu bem, mas escolheu mal outras ondas e, nas boas, não conseguiu segurar suas manobras. O golpe de misericórdia foi o 9 muito justo dado a Adam Melling, que desconcentrou de vez o brasileiro, que ficou perdido nas esquerdas do Arpex.

A queda de outros brasucas já era até meio esperada, pelo que se viu na primeira fase. Simão Romão e Igor Morais, mesmo surfando em casa, não conseguiram imprimir o ritmo necessário para desbancar os competidores do WT. A realidade do surfe visto no WT é bem diferente - e distante - do que é visto por aqui no Brasil.

Tem de ser bom. Porque quando se está com um Kelly, Taj ou Parko do lado, é necessário fazer diferente. Eles não fizeram e já estão de fora da festa. Simples assim.

Mineirinho vs. Ricardinho


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