Messias na rota das vitórias

Fotos: Fabriciano Júnior/Mahalo
EMOÇÃO Messias é carregado por amigos. E agradece pela vitória
ENCAIXADO Desde o início do evento, o cearense colocou pressão nas manobras
A comemoração emocionada de Messias Félix, ao vencer o Mahalo Pro Challenger - quarta etapa do ANS Tour 2011 -, em Maracaípe, escondia mais que as lágrimas de uma vitória. A cada abraço da garotada na beira-mar, que recebia de muito bom grado, a lembrança de tempos duros se dissipava de sua mente. Nada como um triunfo para passar a borracha em todos os males. E, no surfe competição, ficar muito tempo sem estar no topo do pódio é correr o risco de cair no esquecimento. E estar na lembrança do público, das marcas, do meio em si, é uma missão árdua.

Messias volta a vencer. E convencer, em Maraca. Há dois anos, o garoto voador do Ceará, então o maior nome do Nordeste, chegava ao topo do Brasil, ao levar o título da temporada do SuperSurf - antigo Brasil Surf Pro (BSP). Era difícil batê-lo na água. Seu leque de manobras, variado, o tornava quase indestrutível. Desde que começou a se lançar nas etapas internacionais do ASP World Tour, as coisas não acontecem como imaginou.

Os resultados são medianos. Terminaram atrapalhando a sua vida nos eventos brasileiros de maior porte. Messias espera, agora, que um novo caminho de êxitos se estenda à sua frente. Nada como voltar a região de origem para recarregar as energias e distribuir talento por aí, novamente. Como nos velhos - novos! - tempos.

“Perseverei muito para chegar a este título e agradeço a Deus por ele. Perdi muito durante o ano e recebi muita força da família e dos amigos. As coisas deram certo desde a minha estreia na competição e achei sempre as ondas certas”, comemora. Félix tinha ido para Portugal disputar uma prova do mundial e, após ser derrotado na primeira fase, resolveu voltar às pressas para Maracaípe.

“Deus sabe a hora de cada um. Só pude vencer aqui porque perdi logo em Portugal. Maracaípe é especial, pois foi para cá que fiz minha primeira viagem para competir fora do Ceará. Foi há 10 anos, quando tinha 15 anos de idade”, explica. “Minha última vitória tinha sido na Praia do Cupe (Seletiva Petrobras), aqui perto, no ano passado. Agora ganhei aqui. Vou comprar um terreno na região”, brincou o campeão, torcendo para que os ares mudem, definitivamente, a partir de agora.

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