O lado B do Mundial de surfe

Foto: Kirstin/ASP
REECONTRO Parko e Thelma: o surfista ajudou na recuperação da empregada doméstica 
A África do Sul e seus contrastes são a nova parada do ASP World Tour 2011 (WT). Um evento da elite mundial, pelo menos em tese, é muito mais que tubos e manobras radicais. No caso do um "pit stop" no continente mais pobre do mundo, as cores se misturam, como dizia o comercial da Benetton, do início da década de 1990. São linhas paralelas que, contrariando a matemática, encontram-se antes do infinito. A riqueza e a pobreza, o negro e o branco, sonhos e realidades. Em sua página na internet (http://www.aspworldtour.com/), a entidade que rege o surfe mundial comemora o lado dos campeonatos do WT que pouca gente conhece. A chance de poder jogar aos olhos dos integrantes da nata planetária as diferenças, o poder do convívio entre raças, a exposição sem retoques dos erros históricos. A foto de Joel Parkinson, abraçado à senhora Thelma Xhosa, é comovente, embora não tenha tristeza ali. Só felicidade. Da mais pura. Famoso e conhecido por onde passa, Parko deixou saudade em 2010, quando teve de se ausentar do Tour por causa de um corte profundo no calcanhar direito. Ele está de volta. E não deixou de seguir para um vilarejo sul-africano a 10 km de J-Bay, onde está sendo realizado a quarta etapa do WT, para distribuir autógrafos para fãs. Fez mais. Visitou Thelma, que há alguns anos esteve muito doente ao ponto de ser desenganada pelos médicos. O australiano fez parte do pool de surfistas que ajudou a empregada doméstica a se recuperar. Não queria salvar o mundo. Sem essa. Dedicou-se a uma ação nobre - e ao mesmo tempo simples -, que promoveu a cura não só da sul-africana, mas também do seu irradiante sorriso. É isso que vale, no final das contas.

Comentários

  1. Valeu Brah!!!!
    Pelo seu felling e soul.
    Abçs, castro pereira do sule

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