Revolucionária do surfe feminino

Fotos: Bastien Bonnarm/Aquashot
PANCADA Carissa acerta o lip da onda com muita pressão. Ela é fogo
COMEMORAÇÃO No lugar mais alto do pódio, ela solta o grito de "é campeã!"
Carissa Moore é fenômeno desde a infância. Fenômeno que não tardou a estourar. É diferenciada.

Vejamos. Tem só 18 anos e já conquistou um título mundial. Despachou tops do quilate de Stephanie Gilmore, atual tetracampeã mundial. Em Hossegor, na França, fez valer uma temporada quase impecável. Em seis de sete provas de 2011 venceu 3 e foi segunda colocada em outras 3. É nítida a distância de Carissa em relação às suas adversárias.

Ao mesmo tempo que é moderna, coloca muita pressão nas suas manobras. É como se fosse o futuro do surfe, mas já no presente. Entendeu?

Para o esporte é bom e ruim, ao mesmo tempo. Corre-se o risco de haver uma dominação total da havaiana nos próximos anos. A repetição de pódios é meio entediante. Mas também força as integrantes do Tour a buscar o famoso algo mais. E é nessa busca que uma evolução iminente está por vir.

Não que o surfe feminino não seja atrativo. Ao contrário. Já foi a época do "alise bem com alisabel". As garotas batem forte. Travam disputas ferozes. Mas Carissa é aquele elo que vai levar o naipe a voos maiores.

Como todo fenômeno, não faltam registros mais remotos da menina Carissa. Da infância até hoje. Tão logo sagrou-se campeã, a Nike fez um vídeo-tributo para a havaiana, que mostra sua iniciação até o título. É um belo registro.

Ainda mais quando se pode ver imagens sem dramas. Estampados ali só o prazer de surfar e de se divertir com um esporte realmente inebriante. Carissa cresceu - na idade, eu sei que ela é baixinha - e, agora sim, parte em busca de títulos e dos dramas das carreiras profissionais.

Uma nova era parece estar em curso. Parabéns, Carissa!

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