Entre beach breaks e picos clássicos

Foto: ASP
O HOMEM Brodie Carr foi sabatinado pela Surfing  Australia Life Magazine
CEO da ASP, vez por outra alguém consegue empurrar Brodie Carr na parede. Desta vez, a missão bem sucedida de falar com o manda-chuva do surfe mundial foi a Surfing Australia Life Magazine. Foram muitos os temas tratados na entrevista, mas o site da ASP divulgou apenas dois trechos. De qualquer forma, foi bom ver o cara esclarecendo sobre assuntos cruciais, como a grita recente dos surfistas em relação às competições realizadas em alguns beach breaks de relevantes mercado que, segundo ele, não podem sair do circuito. "Temos de encontrar o justo equilíbrio. Não podemos confiar apenas no webcast", afirmou, indicando que a ordem é mesmo procurar novas fronteiras, mas com o respaldo do público, até para desbravar mercados.

SURFING AUSTRALIA - Nas duas últimas semanas a ASP foi atacada de tudo que foi jeito até que chegou J-Bay para serenar os ânimos.
CARR - Acho que nós caímos num tipo de policiamento depois do Rio. Mas os fãs estão lá fora e alguns pontos tem de ser esclarecidos. Pelos surfistas, a gente deveria, em toda parada, aportar em Fiji e Tahiti. Só que temos de encontrar o justo equilíbrio, até para valorizar a cobertura da mídia. Não podemos confiar 100% no webcast. Precisamos marcar território no mercado da mídia também. Este ano, nós adicionamos beach breaks urbanos com uma gama enorme de apaixonados pelo surfe. Por outro lado, temos trabalhado por três anos junto a Volcom para tentar fazer um evento em Fiji. E ele veio em um momento ótimo. Talvez o pêndulo tenha oscilado mais para o lado dos beach breaks, mas está na hora de ele voltar para o meio da marcação. Precisamos de um local com ondas de mais qualidade. Espero que cheguemos lá.

SURFING AUSTRALIA - Você não acha que o intervalo de seis semanas sem evento na turnê é muito perigoso?
CARR - Sim. Acho que os fãs e os nativos do esporte ficam um pouco inquietos. Faz tempo que os caras assistiram a Jordy Smith ou Adriano De Souza ou Mick Fanning surfar. E se perguntam o tempo todo como eles estão, o que estão fazendo. O espaço de seis semanas de junho foi muito longo. É por isso que estamos indo para Fiji, numa época boa de swell também. Estou interessado em ver como as coisas vão funcionar a partir do Tahiti, quando temos um segundo semestre cheio, repleto de eventos. Vamos ter quatro meses de competição uma atrás da outra e estou ansioso para saber como os fãs vão reagir a isso. Talvez devêssemos até mesmo saber o que os empresários que empregam pessoas ligadas ao surfe pensam sobre isso. Talvez a produtividade caia nos escritórios, dependendo do horário de alguns campeonatos. E aí pensamos até em desenvolver um webcast que burle a vigilância desses empregadores.

Leia a entrevista completa (em inglês) AQUI

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