Slater, o ser eterno

NÚMERO 1Slater segue firme para ganhar o seu 11º título mundial
Se algumas pessoas temiam pela ausência de Kelly Slater no ASP World Tour 2011, pode tirar o aperto do coração. O Careca voltou. Para o desespero dos adversários. Como acontece nos últimos anos, tem vinculado a sua participação na elite aos resultados. Sair dos holofotes dos eventos, só no seu ocaso. Mas parece que o sol não quer se por sobre a carreira de Slats. Ter vencido o Billabong Pro Teahupoo, no último domingo, vai dar gás extra ao extraterrestre. De quebra, ao bater Owen Wright na final, ele assumiu a ponta do ranking mundial. E com uma etapa a menos que os adversários. Não dá para falar mal do norte-americano. Aqui e acolá sempre aparecem os que teorizam sobre ajuda dos árbitros, entre outras coisas que podiam favorecê-lo na disputa do título - ele já tem 10 taças. Está bem. Julgar uma onda do freak é, de certa forma, diferente. É como o desafiante de boxe frente ao campeão mundial. Ele vai ter de sobrar para levar o cinturão. Cansei de ver decisões que favoreciam os mitos mundiais, em detrimento do cara que teve a coragem de enfrentá-lo e só foi um pouco melhor. Em Teahupoo, quando precisou colocar pressão, colocou. A realidade é que a experiência e a sua evolução interminável permitem que sobre apenas quando quer. Faz tudo na medida. Em todo o evento, Owen foi melhor que Slater. Mas, na final, ocorreu uma situação interessante. Slater tinha tudo para perder a bateria. Pegou uma onda e o australiano pegou outra, logo depois. Com a que entrou, o aussie poderia ter batido o mestre. Fez uma ótima nota (9.27). Mas Slater dropou a sua vala média (8.93), cavou e parecia que não ia dar tubo. Veio do Sul do pico, posicionou-se, acelerou e... andou muito num tubo que ninguém estava vendo. Só ele. "É por isso que ele é o que é. Não tinha visto esse tubo. Uma vez, competi contra Kelly nas condições que queria. Ondinhas pequenas e perfeitas. Poderia derrotá-lo. E, do nada, quando vi, já tinha perdido a bateria. Ele é assim", afirmou Bruno Santos, um dos maiores tuberiders do Brasil.

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