Jojó de Olivença foi o maior

O MELHOR O baiano Jojó de Olivença foi o melhor de todos na história do Brasileiro
Há uma discussão semântica sempre que os números se arvoram em eleger o melhor disso ou daquilo nos esportes. Muitas vezes, de um lado estão os grandes vencedores, do outro posta-se quem nem ganhou tanto, mas concorre por N motivos ao cetro de melhor. Um exemplo vem da Fórmula 1. Quem foi melhor, Michael Schummacher ou Airton Senna? No surfe, o assessor de imprensa da ASP South America e Abrasp, João Carvalho, teve a paciência e o carinho, por meio dos números, de eleger o maior do Brasil de todos os tempos tendo por base a pontuação dos eventos do Circuito Brasileiro, que este ano completa 25 anos de história. Se você apostou em Picuruta Salazar ou Pedro Águia Muller, errou. O baiano Jojó de Olivença  é o maior, segundo os cálculos de Joãozinho, com 11.199 pontos conquistados. Logo atrás, Peterson Rosa aparece com 11.139.

Os números não mentem jamais. Mas lista é lista, mesmo as baseadas em conceitos para lá de objetivos. Fábio Gouveia, considerado o maior surfista brasileiro de todos os tempos, aparece apenas na quinta posição, mesmo tendo disputado as mesmas 21 temporadas de Jojó. Um que surpreende é o carioca Leo Neves. Na 17º posição, é um dos que que menos correu o circuito (12 temporadas, apenas) e mesmo assim assegurou boa colocação. Entre os pernambucanos, o único na lista é Sávio Carneiro, tean manager da Rusty do Brasil, em 20°.

Jojó merece tal honraria. Quem acompanha o circuito há algum tempo, principalmente a época em que o local de Olivença, na Bahia, disputou os títulos fervorosamente, sabe o competidor voraz que se escondia por trás do atleta de voz mansa e de baianidade aflorada. Em condições médias de mar, então, era praticamente imbatível. Mesmo depois do profissionalismo - com uma passagem de destaque também no circuito mundial -, continuou com atitudes de campeão, ao liderar ações beneficentes que até hoje buscam dar uma vida melhor a garotos de rua, usando o surfe e os estudos como plataformas.

A lista é mais um tubo de placa do jornalista João Carvalho. "Terminei um trabalho que me tomou muito tempo, mas me deu muito prazer", afirmou o profissional. De posse dos números, o amante do surfe pode fazer todo tipo de projeções, comparações e, na sua própria mente, concordar e discordar de tudo que está ali - e até criar seu próprio ranking. São as questões semânticas acima citadas. Para o jornalismo, João deu uma colher de sopa a quem sempre teve a curiosidade, mas empacou na iniciativa. Joãozinho, organizado que é e um dinossauro do surfe nacional, foi lá e deu vida ao estudo. Trabalho de qualidade. Pode crer.

Foto: Luiz Cláudio

Comentários

  1. Fabinho corre pela primeira vez em 1988, mas foca no ASP Tour, em 2000 é quarto correndo quatro de cinco mas depois fica proibido a exemplo dos outros WCTers de disputar ao SuperSurf Brasileiro, outro que ficou proibido foi o campeão 2000 Peterson, aliás foi o fato de não ir a Trestles pra correr etapa da Bahia que foi o estopim da proibição estabelecida em 2001 e ainda hoje vigorando

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