Netuno: "Owen tinha de vencer!"

NO TOPO Melhor nos dois últimos eventos, Owen, enfim, venceu o Careca
Surfe tem um pouco de futebol. Nem sempre o melhor vence. No esporte dos reis polinésios, muito pelas variantes da natureza - noves fora os gigantes da modalidade -, o mais fraco, algumas vezes, tem boa condição de sobrepujar o mais forte. Mas... esqueça os craques e os pernas de pau. A introdução é para mostrar que os Deuses do Surfe, vez por outra, também acertam. Nas duas últimas etapas do ASP World Title Race (WT), Owen Wrigth parece ter se decidido, definitivamente, pelo ataque ao título do Tour. Fez duas finais seguidas contra Kelly Slater - em Teahupoo (Tahiti) e Long Beach (Nova Iorque). Em ambas, chegou na decisão como o melhor do campeonato. Dançou conforme a música. Em Teahupoo foi dono de notas e somatórios estratosféricos. Mas perdeu. Em NY, novamente o melhor do evento, Netuno o colocou debaixo dos braços e disse: "Meu filho, nem Kelly Slater, meu filho primogênito e mais querido, tira essa taça de você". Dito e feito. A vitória coloca Owen como principal oponente de Slater na luta pelo título da temporada. Kelly é o primeiro (34.950) e o australiano, o segundo (31.900). Outras cinco etapas estão por vir. A próxima acontece numa praia charmosa e de ondas perfeitas: Trestles, na Califórnia, a partir do dia 18 de setembro.

Long Beach não só fez justiça como foi pródiga com os brasileiros. Todos chegaram, no mínimo, à terceira fase. O catarinense Alejo Muniz foi mais longe. Fez uma das sêmis com Owen, mas não dava para ele, naquele momento, vencer o aussie, muito encaixado nas ondas da praia nova-iorquina. Jadson parou nas quartas, daquela maneira que só os árbitros do Tour sabem fazer. Para não deixar Taj Burrow ainda mais distante do título, deram, na cara dura - duríssima, e olhe que este blog reclama muito pouco dos erros de arbitragem -, a vitória ao australiano, mesmo o potiguar tendo sido o melhor disparado na bateria. Heitor fez as quartas com Alejo, mas perdeu faltando poucos minutos. Resultados à parte, os brasucas deram bons saltos na classificação. Entre os tops 16, estão Mineirinho (5º), Alejo (11º) e Jadson (12º). Heitor e Raoni Monteiro também melhoraram de posto e, agora, são o 20º e o 21º, respectivamente. No primeiro corte da temporada, agora após a etapa de NY, escaparam todos. Melhor ainda, entram mais dois para reforçar o time nacional na elite: Gabriel Medina e Miguel Pupo. É a certeza um bom tempo do surfe brasileiro na elite mundial só está começando.

Final entre Owen e Kelly


Melhores momentos das finais

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