NY Pro ainda vive

O MELHOR Owen distribuiu lapada e ainda por cima levou a taça do NY Pro
A MANOBRA Kelly voa muito alto pra cair somente na base da onda. Insano
O BRASILEIRO Jadson foi barrado nas quartas. Mas foi o melhor brasuca em ação
O PICO Long Beach proporcionou boas ondas tanto para a direita quanto para a esquerda
Encerrado na última sexta-feira, o New York Pro, disputado na Praia de Long Beach, fez história em vários aspectos. Foi o primeiro evento vencido pelo endeusado Owen Wright, as ondas estiveram boas durante todo o campeonato e a torcida lotou a praia, que parecia mais arquibancada de estádio de futebol.

NY foi um evento bacana para se assistir, deu um upgrade daqueles na marca "surfe" e atendeu a todas as outras expectativas. Abaixo, uma lista de tópicos comentados, aquilo que foi a cara da competição na Big Apple.

MELHOR SURFISTA
Sem sombra de dúvida, o campeão Owen Wright foi o melhor do evento nova-iorquino. Soube como ninguém domar as ondas de Long Beach. É como o jornalista Márcio Markman avaliou: "Foi um surfista completo. As suas atuações apresentavam uma variação de manobras interessantes. Como o surfe competição, no meu entender, tem de ter", comentou o editor do Blog do Surfe.

BOLA FORA
Bobby Martinez tinha tudo para deixar o circuito por cima. Tem lá suas posições contrárias à ASP, algumas argumentadas e pertinentes, mas jogou a sua razão para o alto, ao ser grosseiro com a entidade e com a Quiksilver, dona do evento, ao conceder a entrevista dura e sem limites tão logo vencer uma de suas baterias. Acabou suspenso da competição. Não precisava daquilo.

SURPRESA
As ondas de Long Beach. Com certeza. Para quem esperava um evento com ondas ruins, a praia de Nova Iorque foi além das expectativas. Direitas e esquerdas perfeitas, principalmente no início da manhã, sem ser prejudicadas pelo vento, não deram oportunidade para os reclamações. Ao contrário. No Tuíter, Taj Burrow, um dos maiores chatonildos da ASP, deixou escapar: "Long Beach, ano que vem nós estamos de volta". É isso aí. Nada como um dia após o outro.

MELHOR BRASUCA
Alejo está de parabéns, chegou às semifinais, fez uma competição segura, sem ser brilhante. O melhor foi Jadson André. Estava encaixado e tentou, assim como Owen, mostrar uma variedade maior de manobras. Carvings com muita pressão, batidas retas e, sim, seus famosos aéreos reverses 360° compunham o seu menu. Perdeu para Taj numa bateria que só os juízes da ASP conseguiram enxergar uma vitória do australiano.

TECNOLOGIA
O webcast do evento está de parabéns. Noves fora a atualização dos resultados, sempre atrasada, as câmeras da Quiksilver deram um show a parte. Abusaram dos replays e dos super slow motions, ângulos dos mais variados e hotsite com cinco idiomas, entre eles a língua portuguesa. Na transmissão, o surfe começa também a dar show nos outros esportes.

MELHOR MANOBRA
O aéreo de Kelly Slater na bateria contra Taj Burrow, faltando pouco mais de um minuto para encerrar o confronto - que o australiano vinha vencendo, diga-se -, realmente foi assustador. O vento "ladal" não era propício e, mesmo assim, Slater apostou no voo, que saiu muito alto, vindo cair apenas na base da onda. A insanidade valeu o único 10 do campeonato.

MAIOR FREGUÊS
Continua sendo, sem dúvida, Taj Burrow. Mais uma vez, ele colocou uma vantagem expressiva em Kelly e perdeu nos minutos finais. Não é ruindade ou coisa que o valha. É sina. É carma. O que você quiser. Começo a temer pela vida de Taj. O cara não aguenta mais perder para o floridiano. Cada vez que aumenta a freguesia, o australiano perde um pouco mais de sua força.

O vídeo escolhido abaixo só podia ser o da derrota de Taj para Slater. O lamento do australiano, no outside, foi para fazer o mais duro dos homens chorar.

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