Ganha quem voar mais alto

Foto: ASP
NA DISPUTA Com esse superman ndado na França, Medina ganharia fácil o prêmio
A cada derrota para Gabriel Medina, no ASP World Title, o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater teima em querer sair por cima da situação. Blasé, faz cara de que a derrota é a coisa mais normal do surfe. O maior de todos os tempos deixa a máscara cair - e todo o preconceito que os brasileiros ainda sofrem no circuito mundial -, quando concede as entrevistas. Em San Francisco, nos Estados Unidos, ao perder para "Air" Medina, nas quartas de final do The Search, vaticinou que o garoto prodígio nacional iria ditar o ritmo nas manobras aéreas daqui para frente. Slater enfatiza os voos do brasileiro como forma de diminuí-lo em outros aspectos, pode ter certeza. Será que Medina é mesmo talentoso em outras situações? Nos tubos de Teahupoo e de Pipeline, por exemplo? O norte-americano não leva sequer em consideração a formação de um surfista com só 17 anos, talento de sobra e uma estrada inteira para aprender. Na mesma San Fran, Medina venceu a final com Joel Parkinson usando apenas seu backside. Não é pouco vencer Parko em direitas, sendo você um goofy footer (atleta que surfa com o pé direito na frente). E para quem fala de tubos e rasgadas com pressão e outros blá blá blás, a organização da Tríplice Coroa Havaiana, realizada nos picos mais pesados do mundo - Pipe, Sunset e Haleiwa -, concede um prêmio de US$ 250 mil para o aéreo mais animal do evento. E quando a TCH toma uma atitude como essa, com uma premiação tão vultosa, é porque há mesmo uma nova ordem mundial. Queira ou não Kelly Slater. E se o ano está daquele jeito para os brasucas, pode ter certeza que o contingente de "aeronaves" é dos maiores. Além de Medina, adicione aí Jadson André, Alejo Muniz, Thiago Camarão, Jessé Mendes e cia com turbinas de sobra para conquistar a bagatela.

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