Dândis encontram-se no papel

LADO A LADO Presente e futuro que pode se transformar em presente e presente
Sou um entusiasta do surfe e das suas coisas. Do esporte em si, do nível de organização que começa a se alcançar - ainda mais quando a pecha da pouca inteligência sobressai nas rodas dos preconceituosos -, da qualidade da mídia especializada, especialmente quando falamos de imagens, e do que a modalidade pode alcançar nos próximos anos com o mínimo de bom-senso dos dirigentes regionais, nacionais e internacionais. O preambulo, na realidade, é para exaltar a capa do mês de dezembro da Fluir. Não tenho qualquer tipo de ligação com a revista. Eu mesmo pago a minha assinatura e não conheço ninguém do seu staff. Mas o desfecho do ano com uma montagem com Kelly Slater e Gabriel Medina, mostrando o presente e o futuro do surfe mundial foi uma ótima sacada. 2011 tinha tudo para ser polarizado entre Slater e Owen Wright, com quem o mestre chegou a fazer três finais na temporada. Mas aí Medina entrou no corte do meio do ano - que aconteceu em agosto - e, aos 17 anos, deixou o mundo estupefato. Venceu dois eventos e, no desfecho da temporada, chegou às quartas em Pipe, ante personagens que dominam o pico há longos anos. Desde que chegou ao Havaí, o paulista só caiu no templo sagrado do surfe no momento de suas disputas. E mandou ver. Slater, novamente, chegou ao título. Reinventou-se. Mais que um extraterrestre é um cameleão. Presente e futuro, lado a lado, com boas possibilidades de o futuro virar presente. Chances de um ano épico em 2012. A Fluir percebeu bom a vibe da próxima temporada. Com tantas capas legais deste ano, fossem da Fluir, Hardcore, Parafina ou Surfar, mostram que o esporte tem muita cuca no lance. Isso é o que importa.

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