Florence: o rei dos tubos

Foto: Kelly Cestari/ASP
À FRENTE John John tanto entuba com maestria inigualável como também dá seus voos
É quando o mar sobe que se separam os homens das crianças. Sim, esta máxima também vale, e muito, para o surfe. E ganha contorno mais real quando o contexto é Pipeline quebrando com cinco metros de altura. Um menino de 19 anos, na última quarta-feira (8/12), no entanto, cresceu junto com o mar da maior joia do surfe mundial. Na última etapa do ano do ASP World Title - campeonato com a elite mundial do esporte -, o havaiano John John Florence, franzino e rosto imberbe, mostrou mais uma vez que está na frente anos-luz dos adversários se o assunto em questão é competir nos tubos do North Shore.

O campeonato está só no início. E ser talentoso e dono de uma maneira singular de competir em casa não dão a Florence a certeza de que vai vencer, embora o coloque no palco dos favoritos absolutos. Na etapa passada da Tríplice Coroa Havaiana, em Sunset, levou o caneco, competindo em ondas muito pesadas. Ante vários medalhões do surfe mundial. É como se pensasse: "Aqui quem manda sou eu". Como um Andy Irons, na sua melhor fase, sem o mau-humor do ícone do surfe, que morreu no ano passado e tem esta edição do TCH em sua memória.

John John Florence torna-se mais surpreendente quando se apresenta em ondas de menor calibre. Assim como os melhores da nova geração, que tem nos aéreos o seu cartão de visita, o garoto também mostra desenvoltura na arte de voar. Não à toa, no primeiro evento da Tríplice, nas merrecas de Haleiwa, foi o autor de um aéreo reverse de backside para Gabriel Medina nenhum botar defeito. Pelos resultados, pode ser coroado o melhor das três etapas havaianas ao fim do Pipe Master.

A tendência é que Pipe continue bombando a todo vapor. E, nesta edição, parece que os havaianos estão mais preparados que nunca. Dos 12 que iniciaram o evento, só quatro caíram. Eles despacharam nomes importantes do mundo do surfe. Conhecer o pico, nessas horas, é tudo. E eles, e o próprio J.J., que mora em frente a Pipeline, sabem muito bem disso. Parece que o ataque estrangeiro, nesta edição, e se as condições continuarem críticas, vai se perder pelo caminho. Os caras mandam no Havaí fora de controle.

Abaixo, Pipeline épico. E a atuação dos havaianos e de Florence, idem. Para assistir ao evento ao vivo clique AQUI.

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