Foto: Arquivo Pessoal |
ESTILO Atalanta Batista esbanja talento e plástica manobrando no longboard |
Foto: Josias Sève de Azevêdo |
SÓ FELICIDADE A estrela de Ipojuca venceu quase todas as baterias que disputou |
SURF IS IN THE AIR - Recentemente, houve etapas do mundial feminino na França e na China. Muitas brasileiras estavam lá, atletas que perdem com frequência para você em competições nacionais. Porque você ainda não consegue viajar para disputar essas competições internacionais importantes?
ATALANTA BATISTA - O importante é saber que ganhar e perder faz parte da vida e do esporte. E que, no momento, aguardo minha oportunidade para representar o Brasil em qualquer lugar e em qualquer ocasião quando for convocada. Lute, batalhe, todos que se esforçam sabem o preço que pagam para poder realizar um sonho.
SURF IS... - Nos últimos dois anos você tem levado tudo. O que tem feito para não se acomodar nos eventos?
ATALANTA - Tenho treinado bastante, me esforçado muito. Até porque sei o nível das atletas que competem o brasileiro e conheço as dificuldades que tenho para poder superá-las em cada bateria nos campeonatos. Com isso tenho evoluído bastante. Venho adquirindo experiência, evoluído física e psicologicamente, tenho viajado, pego outros tipos de onda. Em março deste ano estive na Costa Rica. Também tenho acompanhamento de uma nutricionista esportiva e, claro, invisto na corrida e no treino na academia todos os dias.
SURF IS... - Como tem sido a sua aceitação entre as outras competidoras brasileiras?
ATALANTA - Sempre com espírito esportivo, respeito mútuo, muito amor ao esporte, sabendo que cada uma está dando o melhor de si e procurando a harmonia ampla dentro e fora d’água.
SURF IS... - Quais as suas metas para 2012?
ATALANTA - Quero conseguir a tão sonhada vaga para as etapas do mundial. Não existe segredo na vida. É tudo muito simples. Vá lá, dê o seu melhor, valorize a marca do seu patrocinador, dentro e fora d’água. Como já disse, um dia acontece e o sonho se realiza.
SURF IS... - Quais as maiores dificuldades de se praticar o longboard no Brasil e especificamente aqui em Pernambuco?
ATALANTA - Falta de onda adequada para a prática do esporte e escassez de patrocínio, como sempre falta ao esporte brasileiro em geral, como falta para o judô, natação e outros esportes.
SURF IS... - Você surfava de pranchinha, mas terminou sendo reconhecida nacionalmente no longboard. Como foi que aconteceu essa transição?
ATALANTA - Eu surfava de pranchinha e parei após a gravidez. Quando pude voltar as atividades encontrei na escolinha de surfe Atahalley alguns longboarders sem uso e decidi pegar umas ondas por brincadeira. Acabei me apaixonando pela mistura do estilo clássico do long aliado ao estilo radical da pranchinha.
SURF IS... - Como você tem se preparado para as competições no Brasil?
ATALANTA - Muito treino, alimentação balanceada, orientação espiritual, técnica e física, além de longboarders mágicos 9’0, que o shaper Claudio Pastor tem desenvolvido para mim. Também nunca estou satisfeita com meu surfe. Sempre procuro aperfeiçoá-lo. Sou muito detalhista e a cada dia procuro me superar.
SURF IS... - O que a diferencia das outras competidoras dentro da água?
ATALANTA - Não tenho pontos fortes que possam me diferenciar delas, apenas tenho foco, determinação e vontade de vencer. Sempre foi assim na minha família. Eu, Halley, todos nós sempre tivemos essa vontade de vencer, sempre com muita alegria, respeito ao próximo e muito trabalho.
SURF IS... - Dois anos depois de ter começado a seguir o circuito, olhando para trás, imaginava que ia chegar tão longe?
ATALANTA - Não, não imaginava. Foi tudo muito rápido. Mas Deus é fiel.
A rainha do estilo em ação!
Adorei a entrevista! e me espelho muito em todas vocês! Parabéns Atalata :)
ResponderExcluirBEijo