John John Florence é o rei do Rio

Fotos: Kirstin/ASP
NO TOPO Adaptando-se em todas as condições, J.J. Florence venceu no Rio
REVERSE Além de ter pego muitos tubos, o recurso do aéreo também foi utilizado
O Billabong Rio Pro começou com vontade de encerrar. Essa foi a impressão deixada ao longo dos oito dias - de uma janela de 12 para realizar a competição -, em que a elite mundial se digladiou no Rio de Janeiro, pelo ASP World Title.

É sempre assim nos campeonatos realizados em beach breaks não reconhecidos mundialmente, quesito no qual as praias cariocas se encaixam. Em todo evento, foram alternados bons e principalmente maus momentos, já que mesmo com estrutura montada em três picos diferentes (Postinho, Canto do Recreio e Arpoador), as ondas não ajudaram. No que se refere ao que aconteceu de positivo, alguns tubos do Postinho, na Barra da Tijuca, serviram para aliviar a tensão das críticas que, certamente, não vão tardar a desabar sobre a ASP.

No alto do pódio, talvez a maior promessa do mundo, nos dias atuais. O havaiano John John Florence, a cada dia, prova que não é só competidor voraz em Pipeline, seu "quintal". John John foi o que costuma ser. Profissional ompetente, que usa todos os tipos de situação em seu favor. É também aquele profissional que vacila pouco. Numa comparação "em passant" com o fenômeno nacional Gabriel Medina, vê-se que o havaiano se adequa a todo e qualquer tipo de onda.

Não à toa, Medina, que encerrou o ano passado com tudo, amarga a atual 29º posição ao ponto que J.J. é o 5º do ranking. "Estou muito feliz com o que aconteceu comigo esses dias. Eu não fui tão bem no início do campeonato, mas consegui me recuperar e ganhar um evento, logo no meu primeiro ano de circuito. Gosto muito do Brasil e ter vencido aqui significa muito para mim", disse Florence.

Passadas três etapas do ASP World Title, o que salta aos olhos é a dificuldade de os brasileiros em soprarem a ventania esperada dos "Brazilians Storms", cantados aos quatro cantos do mundo pelos gringos. Até o momento, os brasucas não passaram de uma leve brisa, com um ou outro se revezando com boas colocações.

Há uma exceção. Adriano de Souza, Mineirinho, segue com tudo na briga pelo título, estando na quarta posição do ranking. Mineirinho e Alejo Muniz foram os melhores dessa vez, chegando à quinta colocação do evento.

A próxima parada é uma das mais esperadas do ano. O Volcon Fiji Pro vai ser disputada nas esquerdas perfeitas e pesadas de Cloudbreak, entre os dias 3 e 15 de junho. É mais uma etapa em condições powers, na qual a recuperação dos brasucas faz-se mais que urgentes.

Difícil acreditar que em Fiji, até pelo peso das condições, eles possam alcançar colocações mais sólidas que as conquistadas nas etapas anteriores. Antes disso, Saquarema recebe mais um evento prime da divisão de acesso do WT, a partir da semana que vem. É uma ótima chance para que os atletas tupiniquins possam somar pontos no ranking, que define quem entra na elite mundial no ano que vem.




TOP-22 do WT após três etapas
1º) Joel Parkinson (AUS) - 19.700 pontos
2º) Mick Fanning (AUS) - 18.250
3º) Josh Kerr (AUS) - 18.200
4º) Adriano de Souza (BRA) - 17.200
5º) Taj Burrow (AUS) - 15.750
5º) John John Florence (HAV) - 15.750
7º) Jordy Smith (AFR) - 15.700
8º) Kelly Slater (EUA) - 13.700
9º) Jeremy Flores (FRA) - 12.250
10º) Owen Wright (AUS) - 12.150
11º) Julian Wilson (AUS) - 9.700
12º) Michel Bourez (TAH) - 8.500
13º) Adrian Buchan (AUS) - 7.450
13º) Tiago Pires (PRT) - 7.450
15º) Heitor Alves (BRA) - 6.250
15º) Brett Simpson (EUA) - 6.250
15º) C. J. Hobgood (EUA) - 6.250
15º) Miguel Pupo (BRA) - 6.250
19º) Alejo Muniz (BRA) - 6.200
19º) Kai Otton (AUS) - 6.200
21º) Travis Logie (AFR) - 5.250
21º) Bede Durbidge (AUS) - 5.250
23º) Raoni Monteiro (BRA) - 4.000 pontos
29º)  Gabriel Medina (BRA) - 2.750
29º) Jadson André (BRA) - 2.750
36º) Willian Cardoso (BRA) - 500

Comentários

Postar um comentário